domingo, 3 de junho de 2018

Alfabetização de Adultos, segundo Hara


Regina Hara aborda em seu texto a alfabetização de adultos, onde explica que o CEDI e o programa de educação e escolarização popular, estão em parceria na busca de a apoiar as instituições de ensino que trabalham com a educação e alfabetização de adultos.
A autora relata as dificuldades encontradas pelos educandos e educadores nesse caminho.
Hara diz que em ambos níveis, tanto no popular como no público, está escolarização encontra-se abaixo das expectativas, pois existe uma grande evasão, com motivos inúmeros, desde o social há falta de condições necessárias ao programa.
A questão social pesa bastante neste meio em que a prioridade é o trabalho, saúde, alimentação e locomoção, deixando a educação por último, visto que o trabalhador apresenta um grande desgaste físico em função das dificuldades que encontra no transporte e trabalho, não apresentando tempo para dedicar-se a uma formação, e quando esse tempo aparece o cansaço se apresenta de forma significativa e limitante, fazendo do adulto trabalhador um excluído dos sistemas de ensino.
O Educador também não recebe uma formação adequada para atuar na alfabetização de jovens e adultos.
A autora nos relata o grande trabalho dos educadores dispostos a alfabetizar esses adultos e as suas tristezas por não conseguirem atingirem tais objetivos, de alfabetizar esses grupos de pessoas, estes educadores estão sempre recomeçando e revendo suas práticas, pois acabam se guiando em posturas teóricas.
Hara em seu texto fala das técnicas de alfabetização de Paulo Freire, onde a alfabetização é fundamentada na realidade do sujeito, e também relata sobre uma investigação realizada em 1974, por Emília Ferreiro e Ana Teberosky a respeito da construção do conhecimento e escrita, que permitiu demonstrar que que o conhecimento acontece de acordo com a interação do sujeito com o objeto de conhecimento, demonstrando que as crianças que frequentam a escola possuem ideias, teorias e hipóteses sobre a codificação da escrita, compreendendo como elas chegam a obter aprendizagem da leitura e escrita.
Sendo assim proposto uma alfabetização onde as crianças representam o sujeito e a escrita o objeto deste processo, sendo assim estruturado um projeto para aprender.
Ferrero encontrou semelhanças e diferenças entre adultos e crianças não alfabetizados, uma das semelhanças é a evolução da hipótese de escrita, isto foi comprovado em estudos feitos no Brasil.
Após os dados adquiridos com as crianças, Emília Ferreiro passou a se interessar em como os adultos não escolarizados entendiam a escrita, entendendo que eles passam pelos mesmos estágios de escrita das crianças, que são eles: escrita pré-silábica, escrita silábica, silábico-alfabética, alfabética.
Nesta pesquisa foi visto que:

- A alfabetização é um meio que caminha para o domínio do código escrito, de função social, onde é preciso que o sujeito entenda e interprete o que está lendo.

- Para que a aprendizagem aconteça é necessário o uso de várias estratégias, pois cada sujeito, assimila e organiza as informações de diversas formas.

Após uma experiência em classe de adultos Hara registra que deve-se dar valor ao conhecimento já adquiridos dos alunos. Os alunos adultos analfabetos passam por etapas de desenvolvimento como as crianças. Agem cognitivamente e são estimulados pelos meios sociais.





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