domingo, 17 de junho de 2018

Escolas Democráticas


Ao pensar em tendência tradicional e tendência progressista, sempre me vem em mente as escolas como um todo, muitos lutam pelas mudanças, por uma escola de pedagogia construtivista, porém não depende somente da vontade do professor de mudar, de fazer a diferença , pois a mesma foi e ainda é um meio de controle social, onde o aluno é preparado para o trabalho e não para ser um sujeito crítico e de opinião, onde no futuro poderá defender seus direitos com propriedade nos assuntos, é uma massificação de controle político e religioso, onde é imposto um único modelo de cultura, que transmite conteúdos prontos e moldados, não se preocupando com a reflexão sobre a realidade.
O curta “escolas democráticas” nos mostra que muitos aspectos ainda continuam como era séculos atrás, pois ainda encontramos educadores que exercem suas funções com autoritarismo, sem permitir que seus educandos expressem suas opiniões e vontades, tendo que se limitarem a responder somente quando solicitados, permanecendo sempre em silêncio até segunda ordem, um dos momentos do curta que  retrata bem o que estou dizendo é quando a aluna observa uma borboleta na janela e a educadora a reprende, mesmo se tratando de algo que poderia ser aproveitado para uma aula pratica, ao invés de ser somente teoria.
Atualmente ainda existe muito o jogo político como havia no século passado, as escolas precisam passar para sociedade uma falsa realidade, onde tudo parece funcionar perfeitamente, principalmente diante da mídia para que a população pense e acredite que o governo faz um bom trabalho em relação a educação.
Por esses exemplos que citei e comparei com o curta e muitos outros, é que ainda comparo a educação atual com a do século passado, as escolas buscam caminhar em direção de uma tendência progressista, mas ainda continuam presas em métodos de tendências tradicionais, onde em muitas os alunos são vistos como tabulas rasas, que chegam nas escolas sem trazerem nenhum conhecimento, que suas experiências vividas em seus meios até então não são levadas em consideração, conhecemos e chamamos esse modo de pensar de
Pedagogia Diretiva/Epistemológico Empirismo – Somente o professor é o transmissor de conhecimento, ele acredita que o conhecimento acontece na medida que ele introduz as informações ao aluno, nesta concepção a escola afirma que o aluno chega até ela sem nenhuma experiência e conhecimento já adquirido. O aluno está ali somente para aprender e ouvir seus professores, sem direito a se manifestar. É uma concepção que não existe uma troca entre professores e alunos e sim existe um professor autoritário e dono de toda a razão. O aluno é tabula rasa (como uma folha em branco).
 Paulo Freire em “A sombra desta Mangueira”, nos diz que que devemos permitir aos nossos alunos o ato de agir e refletir, sobre toda e qualquer ação pedagógica realizada no âmbito escolar, diferenciando da reflexão vinda exclusivamente da mente do professor, assim se chega no ato de agir e refletir com reciprocidade, o educador que permite e da liberdade para seus educandos se expressarem de forma natural, está dando a devida importância ao diálogo, sendo assim um educador democrático.
Cada vez se percebe mais a necessidade de mudanças nas instituições de ensino, pois muitas ainda apresentam uma educação fraque mentada, persistindo nos mesmos métodos tradicionais de ensino, onde o aluno não tem direito a voz, e o professor é o senhor da verdade, esquecendo que estamos no século XXI, onde as escolas devem ser asas e não gaiolas como diz Rubens Alves em seu poema
Ao ler o texto “Um Olhar sobre a Educação Moderna no Século XXI”, de Luciani Missio e Jorge Luiz da Cunha, podemos pensar que a mudança no currículo, na área pedagógica com a construção de uma escola democrática, está fazendo com que o grupo docente passe a agir de uma forma menos conservadora e rígida, podendo assim ter uma outra visão referente seus educandos, exercendo suas funções com maior autonomia intelectual, e maior liberdade para proporcionar novos meios de aprendizagem e também podendo ter uma maior aproximação com o outro. A escola pós moderna deve não modelar somente futuros trabalhadores submissos e sim cidadãos de caráter com opinião própria, com autonomia e liberdade para seguir suas próprias escolhas, mas isso é um grande caminho a ser percorrido.
O educador da atualidade, de tendência progressista deve estar em constante transformação, um eterno aprendiz, refletindo diariamente sobre sua prática.

Referências:


ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.
 Becker, Fernando. “ Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos
FREIRE, Paulo (2000): "À Sombra desta mangueira"
Luciani Missio e Jorge Luiz da Cunha - Um Olhar sobre a Educação Moderna no Século XXI

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