Ao pensar em tendência tradicional e tendência progressista,
sempre me vem em mente as escolas como um todo, muitos lutam pelas mudanças,
por uma escola de pedagogia construtivista, porém não depende somente da
vontade do professor de mudar, de fazer a diferença , pois a mesma foi e ainda
é um meio de controle social, onde o aluno é preparado para o trabalho e não
para ser um sujeito crítico e de opinião, onde no futuro poderá defender seus
direitos com propriedade nos assuntos, é uma massificação de controle político
e religioso, onde é imposto um único modelo de cultura, que transmite conteúdos
prontos e moldados, não se preocupando com a reflexão sobre a realidade.
O curta “escolas democráticas” nos mostra que muitos aspectos
ainda continuam como era séculos atrás, pois ainda encontramos educadores que
exercem suas funções com autoritarismo, sem permitir que seus educandos
expressem suas opiniões e vontades, tendo que se limitarem a responder somente
quando solicitados, permanecendo sempre em silêncio até segunda ordem, um dos
momentos do curta que retrata bem o que
estou dizendo é quando a aluna observa uma borboleta na janela e a educadora a
reprende, mesmo se tratando de algo que poderia ser aproveitado para uma aula
pratica, ao invés de ser somente teoria.
Atualmente ainda existe muito o jogo político como havia no
século passado, as escolas precisam passar para sociedade uma falsa realidade,
onde tudo parece funcionar perfeitamente, principalmente diante da mídia para
que a população pense e acredite que o governo faz um bom trabalho em relação a
educação.
Por esses exemplos que citei e comparei com o curta e
muitos outros, é que ainda comparo a educação atual com a do século passado, as
escolas buscam caminhar em direção de uma tendência progressista, mas ainda
continuam presas em métodos de tendências tradicionais, onde em muitas os
alunos são vistos como tabulas rasas, que chegam nas escolas sem trazerem nenhum
conhecimento, que suas experiências vividas em seus meios até então não são
levadas em consideração, conhecemos e chamamos esse modo de pensar de
Pedagogia Diretiva/Epistemológico Empirismo – Somente
o professor é o transmissor de conhecimento, ele acredita que o conhecimento
acontece na medida que ele introduz as informações ao aluno, nesta concepção a
escola afirma que o aluno chega até ela sem nenhuma experiência e conhecimento
já adquirido. O aluno está ali somente para aprender e ouvir seus professores,
sem direito a se manifestar. É uma concepção que não existe uma troca entre
professores e alunos e sim existe um professor autoritário e dono de toda a
razão. O aluno é tabula rasa (como uma folha em branco).
Paulo Freire em “A
sombra desta Mangueira”, nos diz que que devemos permitir aos nossos alunos o
ato de agir e refletir, sobre toda e qualquer ação pedagógica realizada no
âmbito escolar, diferenciando da reflexão vinda exclusivamente da mente do
professor, assim se chega no ato de agir e refletir com reciprocidade, o
educador que permite e da liberdade para seus educandos se expressarem de forma
natural, está dando a devida importância ao diálogo, sendo assim um educador
democrático.
Cada vez se percebe mais a necessidade de mudanças nas
instituições de ensino, pois muitas ainda apresentam uma educação fraque mentada,
persistindo nos mesmos métodos tradicionais de ensino, onde o aluno não tem
direito a voz, e o professor é o senhor da verdade, esquecendo que estamos no
século XXI, onde as escolas devem ser asas e não gaiolas como diz Rubens Alves
em seu poema
Ao ler o texto “Um Olhar sobre a Educação Moderna no Século
XXI”, de Luciani Missio e Jorge Luiz da Cunha, podemos pensar que a mudança no
currículo, na área pedagógica com a construção de uma escola democrática, está
fazendo com que o grupo docente passe a agir de uma forma menos conservadora e
rígida, podendo assim ter uma outra visão referente seus educandos, exercendo
suas funções com maior autonomia intelectual, e maior liberdade para proporcionar
novos meios de aprendizagem e também podendo ter uma maior aproximação com o
outro. A escola pós moderna deve não modelar somente futuros trabalhadores
submissos e sim cidadãos de caráter com opinião própria, com autonomia e
liberdade para seguir suas próprias escolhas, mas isso é um grande caminho a
ser percorrido.
O educador da atualidade, de tendência progressista deve
estar em constante transformação, um eterno aprendiz, refletindo diariamente
sobre sua prática.
Referências:
ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma
educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.
Becker, Fernando.
“ Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos
FREIRE, Paulo (2000): "À Sombra desta mangueira"
Luciani Missio e Jorge Luiz da Cunha - Um Olhar sobre a
Educação Moderna no Século XXI