domingo, 17 de junho de 2018

Centro de Interesse


Ovide Decroly criou uma técnica pedagógica chamada centro de interesse, conhecida pelos seus estudos sobre o desenvolvimento da criança e a sua preservação da liberdade, onde os conteúdos a serem estudados devem serem apresentados como um todo e não divididos em disciplinas.
O centro de interesse tem como princípio partir de um contexto que permitirá identificar quais os temas específicos os alunos demonstram interesse para darmos início ao planejamento.
O educador deve observar o que os alunos demonstram maior curiosidade e a partir disso explorar as disciplinas integradas.
Em um artigo vi como exemplo seguinte: um grande números de alunos questionou sobre as"flores" . Fizeram comentários, trouxeram contribuições sobre flores que conhecem, demonstrando que este é um tema de interesse.
Sendo assim o  professor , ao apresentar o tema "semente" e explicar seu contexto na natureza , notou que os aluno gostariam de conhecer mais sobre as flores. Então seu planejamento deve seguir com os demais conteúdos integrados a ele , pois sendo um tema que foi gerado a partir do interesse deles , de algo que faz parte de sua realidade , tende a produzir bons resultados.
O professor disposto a usar essa metodologia de ensino deve ter a sensibilidade de observação perante as necessidades e curiosidades de seus alunos.

Memórias de Tecnologias

Muitas vezes esquecemos que coisas simples do dia a dia também é considerado tecnologia, ao me reportar ao passado tive lembranças de coisas a muito esquecida, como as aulas na sala de slide, onde assistíamos documentários passados através do retroprojetor e ali existia um encantamento pelo modo que aquelas lâminas transmitiam as imagens tão perfeitas para época, a sala tinha que ficar totalmente escura para que a imagem fosse projetada com nitidez.
Os documentos datilografados tão esquecidos agora, já foram tão importantes quanto os impressos do momento.
As provas ou atividades passadas no mimeógrafo, foram substituídas pelas digitadas e impressas pela impressora.
Os disket que serviam para guardar arquivos importantes, que podiam ser abertos em outros computadores foram substituídos pelos pendrives e hds.
Os quadros verdes, foram substituídos pelos brancos e assim então o giz pela caneta retro.
E as lembranças não param quando penso nas fitas K7, que reproduziam músicas através de um gravador, ou dos discos de vinil em toca discos, atualmente se usa um MP3 ou 4, ou um aparelho de CD para escutar músicas.
A tecnologia teve uma grande evolução nos últimos anos, mas sempre teve sua importância desde os pequenos objetos, pois tudo é considerado tecnologia, desde a caneta ao mais sofisticado softwer.
Esta atividade nos fez perceber que mesmo vivendo histórias únicas, muitos objetos tiveram um significado muito parecido e que a maioria das recordações deixadas por estes objetos foram boas, segundo Certeau,(1982,46)de reconhecer o presente no seu objeto e o passado nas suas prática
s.

Fotos de algumas lembranças:

Escolas Democráticas


Ao pensar em tendência tradicional e tendência progressista, sempre me vem em mente as escolas como um todo, muitos lutam pelas mudanças, por uma escola de pedagogia construtivista, porém não depende somente da vontade do professor de mudar, de fazer a diferença , pois a mesma foi e ainda é um meio de controle social, onde o aluno é preparado para o trabalho e não para ser um sujeito crítico e de opinião, onde no futuro poderá defender seus direitos com propriedade nos assuntos, é uma massificação de controle político e religioso, onde é imposto um único modelo de cultura, que transmite conteúdos prontos e moldados, não se preocupando com a reflexão sobre a realidade.
O curta “escolas democráticas” nos mostra que muitos aspectos ainda continuam como era séculos atrás, pois ainda encontramos educadores que exercem suas funções com autoritarismo, sem permitir que seus educandos expressem suas opiniões e vontades, tendo que se limitarem a responder somente quando solicitados, permanecendo sempre em silêncio até segunda ordem, um dos momentos do curta que  retrata bem o que estou dizendo é quando a aluna observa uma borboleta na janela e a educadora a reprende, mesmo se tratando de algo que poderia ser aproveitado para uma aula pratica, ao invés de ser somente teoria.
Atualmente ainda existe muito o jogo político como havia no século passado, as escolas precisam passar para sociedade uma falsa realidade, onde tudo parece funcionar perfeitamente, principalmente diante da mídia para que a população pense e acredite que o governo faz um bom trabalho em relação a educação.
Por esses exemplos que citei e comparei com o curta e muitos outros, é que ainda comparo a educação atual com a do século passado, as escolas buscam caminhar em direção de uma tendência progressista, mas ainda continuam presas em métodos de tendências tradicionais, onde em muitas os alunos são vistos como tabulas rasas, que chegam nas escolas sem trazerem nenhum conhecimento, que suas experiências vividas em seus meios até então não são levadas em consideração, conhecemos e chamamos esse modo de pensar de
Pedagogia Diretiva/Epistemológico Empirismo – Somente o professor é o transmissor de conhecimento, ele acredita que o conhecimento acontece na medida que ele introduz as informações ao aluno, nesta concepção a escola afirma que o aluno chega até ela sem nenhuma experiência e conhecimento já adquirido. O aluno está ali somente para aprender e ouvir seus professores, sem direito a se manifestar. É uma concepção que não existe uma troca entre professores e alunos e sim existe um professor autoritário e dono de toda a razão. O aluno é tabula rasa (como uma folha em branco).
 Paulo Freire em “A sombra desta Mangueira”, nos diz que que devemos permitir aos nossos alunos o ato de agir e refletir, sobre toda e qualquer ação pedagógica realizada no âmbito escolar, diferenciando da reflexão vinda exclusivamente da mente do professor, assim se chega no ato de agir e refletir com reciprocidade, o educador que permite e da liberdade para seus educandos se expressarem de forma natural, está dando a devida importância ao diálogo, sendo assim um educador democrático.
Cada vez se percebe mais a necessidade de mudanças nas instituições de ensino, pois muitas ainda apresentam uma educação fraque mentada, persistindo nos mesmos métodos tradicionais de ensino, onde o aluno não tem direito a voz, e o professor é o senhor da verdade, esquecendo que estamos no século XXI, onde as escolas devem ser asas e não gaiolas como diz Rubens Alves em seu poema
Ao ler o texto “Um Olhar sobre a Educação Moderna no Século XXI”, de Luciani Missio e Jorge Luiz da Cunha, podemos pensar que a mudança no currículo, na área pedagógica com a construção de uma escola democrática, está fazendo com que o grupo docente passe a agir de uma forma menos conservadora e rígida, podendo assim ter uma outra visão referente seus educandos, exercendo suas funções com maior autonomia intelectual, e maior liberdade para proporcionar novos meios de aprendizagem e também podendo ter uma maior aproximação com o outro. A escola pós moderna deve não modelar somente futuros trabalhadores submissos e sim cidadãos de caráter com opinião própria, com autonomia e liberdade para seguir suas próprias escolhas, mas isso é um grande caminho a ser percorrido.
O educador da atualidade, de tendência progressista deve estar em constante transformação, um eterno aprendiz, refletindo diariamente sobre sua prática.

Referências:


ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.
 Becker, Fernando. “ Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos
FREIRE, Paulo (2000): "À Sombra desta mangueira"
Luciani Missio e Jorge Luiz da Cunha - Um Olhar sobre a Educação Moderna no Século XXI

Plano de Aula

O plano de aula é um meio de trabalho do educador, neste instrumento o professor traduz o que será realizado em aula, assim facilitando sua pratica pedagógica e auxiliando da melhor forma seus alunos.
Quando se entra em uma sala de aula é importante já ter planejado as atividades para aquela turma, tendo assim uma aula bem preparada, para que ela seja prazerosa e produtiva, é através do plano de aula que se aborda tais atividades, ele não deixa de ser uma previsão de tudo que será feito em determinada aula, seguindo sempre uma lógica dos temas trabalhados.
No plano de aula é necessário seguir alguns itens, como a distribuição dos conteúdos, o número de aulas, objetivos, justificativas, desenvolvimento, o mesmo deve ser encarado como um guia e não uma obrigatoriedade.
Ex: Objetivos, conteúdos, procedimentos, recursos, avaliação
O professor deve ter autonomia para usar de flexibilidade se essa for a necessidade da turma em algum momento.
 O planejamento das aulas é de mera importância no que se diz respeito ao  processo de aprendizagem dos alunos. Ele não somente orienta e organiza a aula e sim passa ser um instrumento de aprendizagem para o educador, que precisa pesquisar, estudar e refletir sobre o que está planejando, só assim o professor saberá onde quer chegar e o melhor caminho a seguir.
Segue um modelo de Plano de aula:


PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Dados de Identificação:
Escola: Emei Carinha de Anjo
Professor (a): Luciane da Silva
Disciplina:
Série: Maternal
Turma: Maternal I

1. CONTEÚDOS:
Leitura, os cinco sentidos (olfato, paladar, visão, audição e tato)

2. OBJETIVO GERAL:
Atraves de uma abordagem essencialmente interacionista, estimular os cinco sentidos, ensinar a interpretar os amis diversos estímulos.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS (conceituais, atitudinais e procedimentais):
Estimular e desenvolver a coordenação motora, estimular e desenvolver os cinco sentidos, identificar e diferenciar os sentidos, para que serve cada sentido, trabalhar o autoconhecimento.

4. DESCRIÇÃO DE CADA UMA DAS ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Trabalhar através de brincadeiras, e experimentações, trazendo diversos recursos relacionados com cada um dos sentidos, tais como: diferentes fragrâncias, objetos que necessitam da visão, sons, objetos que precisam ser tocados para sentir suas espessuras, e diversos sabores.

5. RECURSOS NECESSÁRIOS
Livro dos sentidos, DVD com vídeo sobre os sentidos

Para olfato: perfume, pó de café, sabonete, cravo, canela, creme, cebola, algool.

Visão: binóculo, lupa, lanterna, rolinho de papel higiênico

Audição: caixa de música, cd musical, violão, chocalho, materiais de sucata diversos.

Paladar: sal, açúcar, frutas,

Tato: algodão, lixa, tecido, esponja, Bombril, milho, bolinhas de gel, sagu)

6. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM (CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS)
A avaliação em turmas de maternal I acontece através da observação do educador sobre as respostas dos estímulos proporcionados aos educandos.

Integrantes do movimento da Escola Nova


Em Didática, Planejamento e Avaliação conhecemos os principais integrantes do movimento da Escola Nova: John Dewey, Ovide Decroly, Maria Montessori e Célestin Freinet
Decroly(1871-1932) foi o primeiro a tratar o saber de forma única, ele defendia o conceito de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo.
Ele defendia uma escola voltada para o aluno e não para o professor, onde o aluno era preparado para viver na sociedade e não somente preparado para o trabalho.
 "A criança tem espírito de observação; basta não matá-lo", escreveu Decroly.
Dewey(1859-1952) defendia a democracia e a liberdade de pensamento como meios para a maturação emocional e intelectual das crianças, ele se preocupava com a valorização do pensamento dos alunos, com a preparação desses alunos para o questionamento da realidade, de unir a teoria com a pratica, essas eram suas concepções, ele era um filosofo que influenciou educadores de muitos lugares do mundo. Ele foi no Brasil o inspirador do movimento da Escola Nova, que foi conduzido por Anísio Teixeira, colocando a democracia e a atividade pratica como importantes elementos da educação.
Freinet (1896-1966), desenvolveu atividades hoje comuns, como as hoje conhecidas saídas de campo e o jornal de classe, e criou um projeto de escola popular, moderna e democrática, muitos de seus conceitos são usados pelos educadores e tais nunca ouviram falar no autor, tais como os cantinhos pedagógicos, saídas de campo.
Montessori(1870-1952) Segundo sua visão pedagógica, o potencial de aprender está em cada um de nós, ela defende que a educação é uma conquista da criança, pois já nascemos com capacidade de ensinar a nós mesmos, se a nós forem dadas as condições.
A base de sua teoria é a individualidade, atividade e liberdade do aluno, onde o indivíduo é o sujeito e o objeto do ensino, onde o objetivo da escola é a formação integral do aluno, “uma educação para a vida”, procurando desenvolver métodos criativos desde a primeira infância, associada a vontade de aprender.

sábado, 16 de junho de 2018

Brincar com Tânia Fortuna




Na educação infantil as brincadeiras são de grande importância no processo de ensino aprendizagem e no desenvolvimento das crianças, o brincar é uma forma de comunicação, através da brincadeira elas reproduzem seus cotidianos, é desta forma que ela passa a exercitar sua reflexão, autonomia, criatividade, formando assim uma relação entre o jogo e aprendizagem, possibilitando a comunicação e a inter-relação do sujeito com o objeto e o seu meio social.
Através das brincadeiras as crianças desenvolvem suas habilidades, cognitivas, emocional, motoras e afetivas.
Vygotsky afirma que “Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade”.
Recebemos no pead a visita da professora Tânia Fortuna pedagoga e coordenadora do programa “Quem quer brincar” da UFRGS que de início já nos diz que”as condições em que é possível brincar são aquelas em que o indivíduo que brinca é sujeito da brincadeira, e não mero espectador, passivo, como também é provocado, desafiado”.
Ela também diz que “Brincar tem que ser para brincar. Não tem que ter uma razão educativa”.
Nessa noite ela nos proporcionou algumas brincadeiras que tem por objetivo a integração entre os colegas, a afetividade, a atenção, coordenação motora, foi muito divertida e prazerosa sua visita.
Em uma das brincadeiras ficamos em círculo e tínhamos que jogar para um colega um ursinho, dizendo o nome do colega e uma palavra que o definisse, está brincadeira tem por objetivo a integração entre os colegas.
Ex: eu jogo o floc para Maria Luciane porque eu acho ela sincera.
Essa é uma atividade que ao observarmos nossos alunos podemos perceber suas frustrações, sentimentos, timidez e ou alegria no momento em que a realiza.

           

Aquisição da Linguagem


As aulas presenciais de Linguagem e Educação foram de grande valia, para a construção da aprendizagem, foram aulas estimulantes e prazerosas, onde a professora Aline com toda propriedade sobre o assunto nos passou com encantamento cada conhecimento.
Após ler o texto Aquisição da linguagem de Samanta Demetrio, vimos segundo a teoria de Skineer que o conhecimento já adquirido pela criança não é levado em consideração, então a aquisição da linguagem acontece através de estímulos e imitações.
Na teoria de Chomski a criança já nasce pronta para aquisição da linguagem, já está em sua genética.
Pinker diz que todos pensam de forma universal a linguagem.
Já para Vygotsky essa aquisição acontece através do meio, através da interação com o outro, sendo assim um processo pessoal e social.

Em das atividades proporcionadas foi solicitado a construção de um mapa conceitual sobre as teorias da linguagem e seus teóricos.
Mapa Conceitual



quarta-feira, 6 de junho de 2018

Projeto"Adoro Frutas"


A interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, lançou um trabalho em grupo com a proposta da criação de um projeto referente a um livro utilizado na hora do conto, e está proposta era exatamente o que eu estava realizando com minha turma de maternal I, então eu e minhas colegas Camila Coitinho e Daniela Ramalho pensamos que seria perfeito compartilhar está experiência com nossos colegas.
E aqui está nosso Projeto escrito e em vídeo:


JUSTIFICATIVA:

Diante da importância de uma alimentação saudável, e da observação da falta de frutas nos hábitos alimentares das crianças, é preciso apresentar os mais diversos tipos de frutas e assim, incentivar as crianças a adquirirem o habito de ingeri-las em busca de uma alimentação balanceada.

OBJETIVOS:

- Conhecer as diversas espécies de frutas;

- Identificar as cores através das frutas;

- Desenvolver hábitos de higiene através das frutas;

- Compreender a importância das frutas para o nosso organismo e saúde;

- Desenvolver o raciocínio lógico, a expressão oral e a corporal, a coordenação motora e a percepção auditiva e visual das crianças;

- Inteirar a família com a escola

DESENVOLVIMENTO:

- Hora do conto: com o livro “ Frutinha”( Autora: Liane Guimarães); 

- Apresentação da boneca “Frutinha”;

- Apresentação das frutas;

- Hora do conto com Fantoches de frutas;

- Atividades com frutas de plástico;

- Passeio da boneca Frutinha na casa das crianças;

- Modelagem com massinha de modelar;

- Pintura com guache para confecção de frutas de papelão

- Músicas;

- Identificação das cores através das frutas

- Recorte e colagem de imagens de frutas.

CULMINÂNCIA:

Confecção de uma fruta ou a boneca “frutinha”, com garrafa peti, com um familiar na semana da família. 


domingo, 3 de junho de 2018

Alfabetização de Adultos, segundo Hara


Regina Hara aborda em seu texto a alfabetização de adultos, onde explica que o CEDI e o programa de educação e escolarização popular, estão em parceria na busca de a apoiar as instituições de ensino que trabalham com a educação e alfabetização de adultos.
A autora relata as dificuldades encontradas pelos educandos e educadores nesse caminho.
Hara diz que em ambos níveis, tanto no popular como no público, está escolarização encontra-se abaixo das expectativas, pois existe uma grande evasão, com motivos inúmeros, desde o social há falta de condições necessárias ao programa.
A questão social pesa bastante neste meio em que a prioridade é o trabalho, saúde, alimentação e locomoção, deixando a educação por último, visto que o trabalhador apresenta um grande desgaste físico em função das dificuldades que encontra no transporte e trabalho, não apresentando tempo para dedicar-se a uma formação, e quando esse tempo aparece o cansaço se apresenta de forma significativa e limitante, fazendo do adulto trabalhador um excluído dos sistemas de ensino.
O Educador também não recebe uma formação adequada para atuar na alfabetização de jovens e adultos.
A autora nos relata o grande trabalho dos educadores dispostos a alfabetizar esses adultos e as suas tristezas por não conseguirem atingirem tais objetivos, de alfabetizar esses grupos de pessoas, estes educadores estão sempre recomeçando e revendo suas práticas, pois acabam se guiando em posturas teóricas.
Hara em seu texto fala das técnicas de alfabetização de Paulo Freire, onde a alfabetização é fundamentada na realidade do sujeito, e também relata sobre uma investigação realizada em 1974, por Emília Ferreiro e Ana Teberosky a respeito da construção do conhecimento e escrita, que permitiu demonstrar que que o conhecimento acontece de acordo com a interação do sujeito com o objeto de conhecimento, demonstrando que as crianças que frequentam a escola possuem ideias, teorias e hipóteses sobre a codificação da escrita, compreendendo como elas chegam a obter aprendizagem da leitura e escrita.
Sendo assim proposto uma alfabetização onde as crianças representam o sujeito e a escrita o objeto deste processo, sendo assim estruturado um projeto para aprender.
Ferrero encontrou semelhanças e diferenças entre adultos e crianças não alfabetizados, uma das semelhanças é a evolução da hipótese de escrita, isto foi comprovado em estudos feitos no Brasil.
Após os dados adquiridos com as crianças, Emília Ferreiro passou a se interessar em como os adultos não escolarizados entendiam a escrita, entendendo que eles passam pelos mesmos estágios de escrita das crianças, que são eles: escrita pré-silábica, escrita silábica, silábico-alfabética, alfabética.
Nesta pesquisa foi visto que:

- A alfabetização é um meio que caminha para o domínio do código escrito, de função social, onde é preciso que o sujeito entenda e interprete o que está lendo.

- Para que a aprendizagem aconteça é necessário o uso de várias estratégias, pois cada sujeito, assimila e organiza as informações de diversas formas.

Após uma experiência em classe de adultos Hara registra que deve-se dar valor ao conhecimento já adquiridos dos alunos. Os alunos adultos analfabetos passam por etapas de desenvolvimento como as crianças. Agem cognitivamente e são estimulados pelos meios sociais.





Teorias da linguagem - Piaget/ Vygostsky





Mesmo apresentando diferenças ambas teorias são consideradas construtivistas pois consideram a criança como um ser ativo, criador de hipóteses sobre seu ambiente.
Vygotsky destaca o interacionismo, pois considera que é na troca entre os sujeitos, que tem origem as funções mentais superiores, Piaget também apresenta a dimensão interacionista, mas destaca a interação do sujeito com o objeto. A criança ao observar o objeto vai diferenciar o que é real do que é produto da imaginação e decorrência da afetividade, que interfere em seu discernimento não deixando claro a função da interação social no processo de conhecimento.
Em sua teoria, Vygotsky privilegia o ambiente social, não aceitando uma visão única e universal, de desenvolvimento humano, pois ao destacar o ambiente social que a criança está inserida, Vygotsky acredita que ao mudar o ambiente em que a criança está inserida o desenvolvimento também mudará, enquanto Piaget privilegia a maturação biológica por acreditar que os fatores internos predominam sobre os externos, acredita que o desenvolvimento segue uma sequência fixa e universal de estágios.
Basicamente, o desenvolvimento da fala interior depende de fatores externos: o desenvolvimento da lógica na criança, como os estudos de Piaget demonstram, é uma função direta de sua fala socializada. O crescimento intelectual da criança depende de seu domínio dos meios sociais do pensamento, isto é, da linguagem (Vygotsky, 1991 p.44).
Vygotsky discorda, em seu entendimento a criança já nasce em um ambiente social e vai formando uma visão deste através da interação com os adultos ou crianças mais experientes e nesta interação, são detectados os potenciais estimulando a superar e se apropriar do que ela é capaz, o professor é o mediador entre a criança e o mundo, ele é o descobridor da zona desenvolvimento proximal do aluno.
Para Piaget a linguagem é só uma forma de expressão o pensamento depende basicamente das coordenações dos esquemas sensório-motores e não da linguagem, ele estabelece uma clara separação entre as informações que podem ser passadas por meio da linguagem e os processos que não parecem sofrer qualquer influência dela. Diferentemente, para Vygotsky, o pensamento e linguagem estão totalmente ligados desde o início da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais superiores, dá uma forma definida ao pensamento despertando a Imaginação e estimulando a memória.
É possível perceber que ambos apresentam ideias interacionistas e construtivistas, sendo que Piaget destaca a importância da maturação biológica, o conhecimento evolui de forma linear, onde o sujeito atua sobre os objetos e para Vygotsky o sujeito se relaciona com o objeto, existindo uma mediação entre o sujeito e o meio.