domingo, 29 de outubro de 2017

Falando sobre "Diversidade", com o Maternal I

Por se tratar de uma turma de maternal I (2 a 3 anos), usei o livro “Tudo bem ser Diferente”, para falar sobre diversidade.
Em uma rodinha primeiramente conversamos sobre os diversos tipos de pessoas que existem, pedi para que eles falassem se conheciam pessoas que andavam em cadeiras de roda, que usavam óculos e etc, mas como se trata de crianças muito pequenas, ouve pouco retorno na conversa.
Então após a rodinha, passei a contar a história do livro, onde alguns riram bastante quando aparecia algo engraçado, como os animais coloridos, o menino sem os dentes e outros, após a leitura falei a eles que todas as pessoas devem ser tratadas com respeito, e fiz algumas comparações entre nós, como: tamanho, cor de cabelo, se o cabelo era liso ou crespo, quem era magra, gordinha, quem usava óculos, cor de pele. As crianças que se expressam com mais clareza faziam alguns comentários: Prof. O cabelo da B é comprido, o C usa óculos.
Após a conversa proporcionei a eles um jogo de quebra cabeça de duas peças, onde eles poderiam unir a peça que formava o personagem da história, ou formar uma pessoa diferente, a maioria das crianças formaram o personagem, somente uma formou um rosto diferente.
Acredito que abordei a diversidade existente entre as pessoas com minha turma, de uma forma simples e lúdica, respeitando a faixa etária em que eles se encontram, mas sem deixar de falar sobre esse assunto tão importante que é o respeito as diferenças, como diz no capitulo I do texto "Educação na e para a diversidade: nexos necessários" de Maria Elly Herz Genro, Célia Elizabete Caregnato:
O reconhecimento da nossa condição ontológica como seres humanos iguais e diferentes (Arendt, 2000), é um pressuposto básico para a compreensão sobre a diversidade presente no cotidiano escolar, como fonte de convivência, de aprendizagem e de enriquecimento das relações no cotidiano dos diferentes espaços educativos.



quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Conceito de Igualdade



Esta imagem estava circulando nas páginas do facebook, e podemos através dela explicar um dos conceitos que mais causa conflitos, que é o conceito de igualdade.

A figura  a cima nos mostra a capacidade de termos um olhar para com o outro, não esquecendo que a equidade faz parte do senso de justiça, o respeito a igualdade, pois na primeira imagem nos aparece uma situação de desigualdade, e na outra percebemos que o menino maior cedeu a caixa para o menor para assim se fazer a igualdade, pois está é um direito de todos. Sabemos que a diversos tipos de diversidade e diferenças em ter as pessoas, e que todas devem ser respeitadas, independentemente da situação, o que é direito de um é de todos.
Se fossemos nos basear em uma das concepções sobre igualdade, o certo estaria na primeira figura, onde cada um ganhou igualmente uma caixa, pois este seria considerado o conceito certo para igualdade , mas se assim fosse a criança menor não conseguiria assistir ao jogo, então baseando-se na segunda concepção sobre igualdades de direito o menino maior passa sua caixa para o menor, pois ele tem tamanho suficiente para assistir o jogo, enquanto o outro não,fazendo assim o direito de igualdade a todos em assistir ao jogo.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Crocodilos e Avestruzes


Na aula presencial com a professora Gabriela debatemos sobre o texto de Ligia Assumpção Amaral, onde conseguimos entender melhor o que ela quis nos passar com o referente texto e assim me dei por conta que muito do que ela se refere, ainda acontece frequentemente dentro dos âmbitos escolares, muitas vezes percebi em minhas colegas e até mesmo minhas, algumas atitudes que condiz ao que Ligia se refere no texto, pois muitas vezes acabamos generalizando indevidamente as crianças que chegam até nós em nossas salas de aula apresentando algum tipo de deficiência, limitando-as por suas incapacidades, esquecendo de analisar suas potencialidades, um exemplo simples disso é uma educadora não propor uma atividade que envolva movimentos com os braços a um aluno que apresenta dificuldades motoras nas pernas, o educador deve ter um olhar atento e não deixar de proporcionar aprendizagens aos seus alunos, independentemente de suas condições físicas e sensorial, a educação é única para todos. Também nos deparamos com o medo ou até mesmo pânico de receber e conviver diariamente com um aluno com deficiência, por motivos diversos como: a angustia de não saber o que fazer por falta de capacitação adequada, sentindo-se muitas vezes incapaz de saber lidar com naturalidade e igualdade esse aluno, assim já gerando um tipo de preconceito, pois penso que a partir do momento que não aceitamos um aluno por ser portador de algum tipo de deficiência seja por qualquer que seja o motivo, se está cometendo um ato de discriminação e preconceito com certeza.
Como diz a autora essas experiências certamente nos levam a afirmar que esse é um assunto que deve ser sempre retomado, pois nós educadores temos muito o que evoluir e aprender sobre a diversidade, sobre como a escola deve ser um espaço único de aprendizagem, onde qualquer sujeito, independentemente de suas condições físicas e sensoriais tem o direito e dever de fazer parte integrante desse meio, participando ativamente de todas as atividades proporcionadas dentro de suas capacidades, e não se sintam em desvantagem por apresentarem deficiência ou algum tipo de incapacidade, é dever da escola e educadores acolher e auxiliar na integração social desses alunos.
                                                                                                                                                                                                                       

 Ainda é uma longa caminhada a ser percorrida, mas aos poucos os crocodilos aprendem a ver o outro com igualdade, tirando o foco da incapacidade referente ao estado físico da pessoa, ou até mesmo perdendo o hábito de achar que todo deficiente é igual e tem que ser tratado da mesma maneira, esquecendo que todos somos seres únicos.


                                                                                                                                                                                                                                        Assim também os avestruzes vão se desfazendo, deixando as desculpas de lado, parando de fingir que não está vendo a necessidade do outro, deixando de justificar suas atitudes com afirmações que considera ser ideal pra escapar do compromisso educacional para com o outro.


domingo, 15 de outubro de 2017

Desenvolvimento Cognitivo


Segundo Piaget a aprendizagem/conhecimento é um processo que se inicia desde o nascimento, e sua evolução acontece de forma gradativa, a partir da interação com o meio, sua teoria sobre o desenvolvimento cognitivo está centralizada nas fases do desenvolvimento, dividida em quatro estágios:

Sensório-motor (0 a 2 anos) – percepções sensoriais, a criança se baseia em esquemas motores para resolver seus problemas, que são práticos, construídos a partir de reflexos.

Pré-operatório (2 a 7 anos) – é marcado pelo aparecimento da linguagem oral.

Operatório concreto (7 aos 11 anos) – o pensamento passa a ser lógico e objetivo, sendo capaz de construir um conhecimento.

Operatório formal (11 anos em diante) – o pensamento se torna livre das limitações da realidade concreta, se torna capaz de raciocinar logicamente.

Entende-se que todos nascemos com a capacidade de adaptar-se ao meio e de assimilar e acomodar os objetos externos, em busca de um equilíbrio, a teoria Piagetiana diz que a inteligência é o resultado de uma adaptação biológica, onde o organismo procura o equilíbrio entre a assimilação e acomodação para organizar o pensamento.
Desde modo a criança ao se adaptar a uma nova situação procura coloca-la em conhecimentos anteriores (assimilação), mas em determinados momentos são  necessárias modificações nessa assimilação (acomodação), para que se compreenda a nova situação.
De uma forma geral essas quatro fases são vivenciadas na mesma sequência, contudo seus inicios e términos podem variar de acordo com a estrutura biológica de cada indivíduo.


terça-feira, 3 de outubro de 2017

Inclusão Escolar: Exceção x Direito


A inclusão de pessoas portadoras de qualquer tipo de deficiência nas instituições de ensino, é um direito assegurado por lei, porém muitas dessas instituições por serem pautadas a receberem alunos idealizados, e apresentarem projetos elitistas, acabam por demonstrar situações de exclusão, principalmente as escolas mal fundamentadas acabam por tratar esses alunos como uma exceção, ao invés de alguém com direito de pertencer aquele meio.
Toda e qualquer pessoa independentemente de suas condições físicas, sensoriais, psíquicas, tem o direito de pertencer e participar de todo meio social que está inserida, com direito a igualdade em todos os sentidos, e jamais ser tratada como uma exceção, como a pessoa com incapacidades.

Muitas vezes se generaliza  indevidamente as crianças que chegam nas salas de aula apresentando algum tipo de deficiência, limitando-as por suas incapacidades, esquecendo de analisar suas potencialidades, um exemplo simples disso é uma educadora não propor uma atividade que envolva movimentos com os braços a um aluno que apresenta dificuldades motoras nas pernas, o educador deve ter um olhar atento e não deixar de proporcionar aprendizagens aos seus alunos, independentemente de suas condições físicas e sensorial, a educação é única para todos, sem exceções.
A pessoa com deficiência não deve ser excluída das atividades físicas, pois ela  possui capacidades e potencialidades a serem desenvolvidas, para isso é preciso lhes dar OPORTUNIDADE, de igualdade, sem exceções.