terça-feira, 17 de outubro de 2017

Crocodilos e Avestruzes


Na aula presencial com a professora Gabriela debatemos sobre o texto de Ligia Assumpção Amaral, onde conseguimos entender melhor o que ela quis nos passar com o referente texto e assim me dei por conta que muito do que ela se refere, ainda acontece frequentemente dentro dos âmbitos escolares, muitas vezes percebi em minhas colegas e até mesmo minhas, algumas atitudes que condiz ao que Ligia se refere no texto, pois muitas vezes acabamos generalizando indevidamente as crianças que chegam até nós em nossas salas de aula apresentando algum tipo de deficiência, limitando-as por suas incapacidades, esquecendo de analisar suas potencialidades, um exemplo simples disso é uma educadora não propor uma atividade que envolva movimentos com os braços a um aluno que apresenta dificuldades motoras nas pernas, o educador deve ter um olhar atento e não deixar de proporcionar aprendizagens aos seus alunos, independentemente de suas condições físicas e sensorial, a educação é única para todos. Também nos deparamos com o medo ou até mesmo pânico de receber e conviver diariamente com um aluno com deficiência, por motivos diversos como: a angustia de não saber o que fazer por falta de capacitação adequada, sentindo-se muitas vezes incapaz de saber lidar com naturalidade e igualdade esse aluno, assim já gerando um tipo de preconceito, pois penso que a partir do momento que não aceitamos um aluno por ser portador de algum tipo de deficiência seja por qualquer que seja o motivo, se está cometendo um ato de discriminação e preconceito com certeza.
Como diz a autora essas experiências certamente nos levam a afirmar que esse é um assunto que deve ser sempre retomado, pois nós educadores temos muito o que evoluir e aprender sobre a diversidade, sobre como a escola deve ser um espaço único de aprendizagem, onde qualquer sujeito, independentemente de suas condições físicas e sensoriais tem o direito e dever de fazer parte integrante desse meio, participando ativamente de todas as atividades proporcionadas dentro de suas capacidades, e não se sintam em desvantagem por apresentarem deficiência ou algum tipo de incapacidade, é dever da escola e educadores acolher e auxiliar na integração social desses alunos.
                                                                                                                                                                                                                       

 Ainda é uma longa caminhada a ser percorrida, mas aos poucos os crocodilos aprendem a ver o outro com igualdade, tirando o foco da incapacidade referente ao estado físico da pessoa, ou até mesmo perdendo o hábito de achar que todo deficiente é igual e tem que ser tratado da mesma maneira, esquecendo que todos somos seres únicos.


                                                                                                                                                                                                                                        Assim também os avestruzes vão se desfazendo, deixando as desculpas de lado, parando de fingir que não está vendo a necessidade do outro, deixando de justificar suas atitudes com afirmações que considera ser ideal pra escapar do compromisso educacional para com o outro.


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