domingo, 24 de setembro de 2017

Mais Laboratório, Menos Auditório

 Muito bom o vídeo “Escola- mais laboratório,menos auditório”, de Fernando Becker, que fala sobre como estão sendo conduzidas as aulas em nossas escolas, ele diz que as escolas que ainda usam métodos mais tradicionais, continuam privilegiando os verbos mais repetidos dentro das salas de aula que são copiar e repetir, podem até usufruir das tecnologias, mas continuam copiando e repetindo ou seja copiando e colando.
Fernando Becker diz que Piaget e Freire dizem que os verbos mais usados em uma escola construtivista deve ser: interagir, testar, indagar, experimentar, descobrir, ultrapassar, transformar, inventar.
Uma fala de Becker que me causou inquietação foi:
“Falasse tanto em impor limites, porque não ultrapassar limites”, realmente é algo de se pensar, pois muitas vezes passamos tentando controlar nossos alunos, tentando impor a eles regras e limitações que julgamos necessárias, mas até que ponto estamos certos, até onde é preciso ter limites, o aluno tem o direito de experimentar, descobrir ou seja ultrapassar os limites, pois é assim que a aprendizagem acontece, de uma forma espontânea e natural.
Outra fala dele, que infelizmente faz parte da realidade de muitas escolas é que existem salas de aula em que a pergunta não é bem- vinda, essa realidade nos remete ao epistemológico empirista, onde somente o professor tem o direito a fala, os alunos estão ali somente para ouvir, copiar e aprender.
Mas o que Becker que nos deixar claro é que precisamos mudar nossos métodos pedagógicos pois os conceitos são:
Auditório: é transmitido o que já se sabe.
Laboratório: é exercido a experimentação, se formula hipótese.
Se continuarmos em uma escola auditório o aluno será sempre visto como um repetidor em vez de um produtor, criador.

domingo, 17 de setembro de 2017

Modelos Pedagógicos e Epistemológicos

Penso que a aprendizagem é toda a vivência, experiência, que o indivíduo adquire desde seu nascimento, somos seres em constante desenvolvimento e evolução, adquirindo conhecimento e aprendendo constantemente independentemente do meio em que estamos inseridos, a aprendizagem acontece de forma gradativa, conforme o tempo de cada um.
Porem segundo o texto de Fernando Becker “Educação e Construção do Conhecimento,” existem concepções diversas sobre como a aprendizagem acontece, o texto nos relata três modelos pedagógicos e epistemológicos:

Pedagogia Diretiva/Epistemológico Empirismo – Somente o professor é o transmissor de conhecimento, ele acredita que o conhecimento acontece na medida que ele introduz as informações ao aluno, nesta concepção a escola afirma que o aluno chega até ela sem nenhuma experiência e conhecimento já adquirido. O aluno está ali somente para aprender e ouvir seus professores, sem direito a se manifestar. É uma concepção que não existe uma troca entre professores e alunos e sim existe um professor autoritário e dono de toda a razão. O aluno é tabula rasa (como uma folha em branco)

Pedagogia não Diretiva/Epistemológico Apriorismo – Está é uma concepção pouco aplicada e vista em salas de aula, pois o professor é visto como um auxiliar do aluno, um facilitador, o aluno já chega a escola com um saber, ele está ali somente para aperfeiçoar o conhecimento já adquirido. O que o aluno resolver fazer é permitido, pois ele precisa encontrar sozinho o caminho, o professor deve se policiar para interferir o mínimo possível nas decisões dos alunos.

Pedagogia Relacional/Epistemológico Construtivista – O professor não acredita na tese que a mente do aluno é tabula rasa, e sim acredita que tudo que o aluno construiu até hoje serve de alicerce para a continuação da construção do conhecimento, e juntos caminham para uma escola construtivista, onde existe troca entre o aluno e professor, ambos caminham juntos em busca da aprendizagem. O professor dá o direito ao aluno de expor suas dúvidas e vivências e muitas vezes o projeto de ensino acontece baseado nessas realidades. O professor ensina, mas também aprende.



sábado, 16 de setembro de 2017

Desafios

Sempre que é lançada uma proposta de uma atividade que envolve práticas em nossas turmas, confesso que fico um pouco apreensiva, pois trabalho na educação infantil com uma turma de maternal l, onde as crianças se encontram na faixa etária entre 2 e 3 anos, e algumas atividades parecem ser um pouco complexas para os pequenos, então tento realiza-las da forma mais simples possível para que meus alunos consigam entender e também para que o objetivo proposto seja atingido.
A proposta foi realizar uma atividade que envolvesse o assunto étnico-racial, então passei para as crianças assistirem o vídeo animado “ Bruna e a galinha d’Angola”, após conversamos sobre as diferenças existentes entre as pessoas e os diversos lugares que elas nascem e assim cada pessoa possui sua raça, assim como também os animais possuem suas diferenças, pois a galinha d’Angola como tem origem africana é muito diferente das galinhas da vizinhança que frequentemente aparecem no pátio da escola, um exemplo simples, onde as crianças relataram que a d’Angola é cheia de pintinhas brancas, enquanto que as que elas já conhecem não tem pintas e geralmente são marrons e pretas.

Para finalizar a atividade as crianças fizeram uma galinha d’Angola com o carimbo de suas mãos.   

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Educação Inclusiva


Falar sobre inclusão nas escolas ao meu ver é um assunto muito delicado, que causa diversos conflitos de opiniões.
Até então eu desconhecia a história das pessoas com deficiência e suas manifestações no Brasil, que ocorreram na década de 70, onde os deficientes foram as ruas dar voz aos seus direitos, e até esse momento eles viviam em instituições ou em seus lares, sem grandes contatos com o mundo exterior.
Me chocou ler e saber que na antiguidade até a idade média as crianças consideradas com algum tipo de deficiência física, sensorial ou mental eram consideradas subumanas, o que as levavam a eliminação e abandono, isso se deu até a difusão do cristianismo.
As mudanças começaram acontecer após a manifestação que ocorreu mais precisamente no ano de 1979, onde começou a se ter um olhar para com os portadores de algum tipo de deficiência, mas ainda acredito que estamos engatinhando para uma inclusão de qualidade no município em que moro e atuo como professora de educação infantil.
Para que haja uma educação inclusiva de qualidade é necessário que a escola esteja preparada para receber esse aluno, com educadores qualificados, espaço físico estruturado ou seja com acessibilidade, e recursos pedagógicos correspondentes as suas necessidades.
Como diz no texto “ História geral do atendimento à pessoa com deficiência”:

 Ao invés de o aluno ajustar-se aos padrões de “normalidade” para aprender, a escola deve ajustar-se à “diversidade” dos seus alunos.

domingo, 10 de setembro de 2017

Como estamos lendo???


Na interdisciplina de Filosofia da Educação lemos os textos " O ato de Estudar" e " Trabalho da Crítica do Pensamento" e também assistimos ao vídeo "O impacto das redes sociais na vida das pessoas" de Leandro Karnal, onde relatei no fórum:
Os textos lidos com base nos fundamentos teóricos de Paulo Freire, nos deixa claro que ao lermos uma bibliografia, ou seja, ao estuda-la passamos por um processo de reflexão, compreensão e interpretação para logo assumirmos uma posição crítica sobre o que foi estudado, sendo necessário um tempo para tal assimilação, ao contrário do que Leandro Karnal nos diz no vídeo, sobre as leituras realizadas através das redes sociais, que por serem um ato praticamente mecânico de se obter informações, onde não acontece uma reflexão, um aprofundamento sobre o conteúdo e sobre a veracidade da autoria do que foi publicado, onde não acontece uma reflexão e compreensão e interpretação pelo que está escrito, consecutivamente não se pode discutir, avaliar ou seja o trabalho da crítica não acontece, continuando silenciado. Enquanto Freire nos diz que a leitura nos leva a compreensão e propriedade sobre determinado conteúdo, para que assim possamos analisarmos e discutirmos de forma crítica, Leandro Karnal nos diz que os conteúdos das redes sociais não se importam com a autoria, sendo assim algo que não é compreendido e sim memorizado.

 

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Primeira aula Seminário Integrador Eixo VI





A primeira aula de Seminário integrador nos fez refletir sobre os inúmeros tipo de preconceito e discriminação existente em nosso meio, realizamos uma dinâmica onde cada grupo apresentou em forma de desenho e relatou algum tipo de preconceito sofrido por alguém do grupo, foi uma aula onde podemos pensar e perceber como este tipo de coisa ainda acontece frequentemente e de formar variadas, mesmo já no século em que nos encontramos.
Preconceito é uma forma de pensar pré concebida, de atitude discriminatória perante as pessoas, que se manifesta de várias formas: social, racial, sexual e muitas outras. 

O desenho acima foi o que meu grupo apresentou na aula, que relata uma situação vivida por mim em meu ambiente de trabalho:
Sou agente de apoio a educação infantil, cargo que exige ter o magistério e que exerce as mesmas funções que as professoras, ou seja, sou responsável pela turma e pela parte pedagógica também e certo dia ouvi minha colega dizendo que como que ela teria que sobrar na escola se ela era professora graduada e ficaria uma agente de apoio em seu lugar, isto ao meu ver é um ato de discriminação, pois ela se acha superior por ter uma graduação e eu somente o magistério, sendo que exercemos as mesmas funções.
Assim constatamos que existem inúmeros tipos de preconceito, e em todos os lugares.