terça-feira, 29 de maio de 2018

Educação de Jovens e Adultos





Acredito que assim como nas outras etapas da educação, na Eja também seja importante trabalhar com conteúdos que estejam relacionados coma realidade dos alunos ali inseridos, pois cada aluno ali inserido traz consigo uma bagagem, experiência de vida e diversas culturas.

Na Eja encontramos vários tipos culturais, onde cada um com suas particularidades encontram dificuldades na assimilação dos conteúdos pré-estabelecidos no currículo e também pode existir uma dificuldade entre os sujeitos de faixas etárias diversas e diferentes culturas, há também o agravante daqueles que chegam a escola cansados de um dia de trabalho, dificultando assim seus interesses e concentração, apresentando problemas em conciliar o trabalho com os estudos.

A diversidade está presente em todos os ambientes sociais, pois falamos de uma sociedade multicultural, onde a uma descoberta das mais diversas culturas, permitindo que cada sujeito ensine e aprenda para e com o outro.

Fazer parte de um grupo de diversas culturas é um ganho de conhecimento, é uma aprendizagem significativa, pois está relacionada a realidade de cada sujeito ali inserido.

Para que a Eja tenha um trabalho bem sucedido é preciso que cada sujeito seja valorizado e sua diversidade cultural levada em consideração para a elaboração dos planos de aula, os motivando a buscarem o futuro que almejam, auxiliando no desenvolvimento de sujeitos autônomos e críticos.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Alfabetização e seus conceitos


Entendemos que o Empowerment tem como objetivo fazer com que as pessoas tenham acesso às informações, liberdade e poder para assim tomarem suas decisões perante as organizações sociais.
Então vimos que o autor Henry Giroux em seu texto "Alfabetização e a Pedagogia do empowerment Político", refere-se a priorização na luta em busca de uma sociedade democrática através das ordens de conhecimentos e práticas sociais da alfabetização.
O texto em estudo nos mostra que o conceito de alfabetização vem percorrendo um grande percurso, sabemos que desde séculos atrás o sistema educacional vem atrelado ao mercado de trabalho, sendo a escola um apoio a este mercado.
            Gramsci diz que a alfabetização é uma prática social que está ligada as definições de conhecimento e de poder. Segundo o autor a alfabetização tem um sentido ideológico que apresenta um certo poder individual e social que se fixa nas relações de domínio, onde existe de um lado a configuração de conhecimento e de poder e, por outro, à luta política e cultural pela linguagem e pela experiência.
Para Paulo Freire (1981) a alfabetização não é a repetição mecânica das famílias silábicas, ou tampouco a memorização de uma palavra alienada, mas sim “a difícil aprendizagem de nomear o mundo” (p.39).
Logo entendemos que para Freire a alfabetização não é somente uma habilidade técnica, onde se adquire a aprendizagem em relação a leitura, ela deve ser entendida como um projeto político, onde os sujeitos afirmam seus direitos na construção de suas relações com a sociedade, dando condições a todos a se posicionar perante a sociedade, fazendo parte de um todo.
Portanto alfabetizar não é apenas proporcionar que o aluno saiba escrever, e a saiba ler as palavras, mas dar a ele a oportunidade de interpretar o mundo em que vive, analisando de forma crítica e com autonomia para muda-lo.
De uma forma mais ampla, percebemos que a alfabetização é analisada como um meio de transformar o meio social já existente, sendo uma prática cultural que auxilia na mudança democrática.