quarta-feira, 5 de julho de 2017

Gestão Democrática

A gestão democrática na educação é um assunto bastante debatido e reivindicado pela comunidade escolar, aos poucos ela vem sendo construída, mas ainda há um longo caminho a percorrer, para que de fato ela venha atuar de forma concreta e efetiva.
Quando pensamos em gestão democrática, um dos itens que se pressupõe ser de mera importância para a democracia seria a eleição dos diretores realizada com a participação da comunidade escolar, porém não é essa a realidade de alguns órgãos de ensino, onde a gestora é indicada para o cargo através do meio executivo, ou seja é um cargo de confiança com pretensões políticas. Em alguns órgãos, como as escolas de educação infantil esse processo democrático acontece de forma lenta e parcial, pois os gestores necessitam da aprovação da SME (Secretaria municipal da educação), para resolverem determinados assuntos, não obtendo autonomia para certas tomadas de decisões, como diz Vitor Paro (2005): autonomia esbarra no cumprimento de leis superiores, o que o torna “um mero preposto do estado”.
Também existem alguns segmentos que incluem a comunidade escolar que devem ser atuantes e participativos nas tomadas de decisões, assumindo assim seus papéis dentro do âmbito que se diz ser democrático, que seria o Concelho escolar, Círculo de pais e mestres, Grêmio estudantil, tendo como participantes os membros da diretoria da escola, funcionários, pais, alunos e comunidade escolar.
O Conselho escolar é um órgão democrático que deveria ser atuante em todos os estabelecimentos de ensino, porém é fato que em alguns, ele só consta no papel, por ser de obrigatoriedade sua existência. Contudo há escolas que contam com a participação efetiva e constante dos membros do conselho escolar que tem por objetivo auxiliar, decidir e resolver problemas relacionados a todo o âmbito escolar, toda e qualquer tomada de decisão deve ter a aprovação dos membros do concelho.
Foi na realização da entrevista com o presidente do concelho escolar da escola em que atuo, que sanei algumas dúvidas sobre suas funções, na qual foi citado o direito do presidente do CE em ter acesso ao número dos pedidos de consertos e outras demandas protocoladas para reivindicar o andamento do processo, possuindo o direito de resolver pessoalmente esses assuntos, buscando a melhoria e a preservação da escola em que está inserido.
Ex: O presidente do conselho escolar da escola falou diretamente com o subprefeito da região sobre as infiltrações da escola e sobre o alagamento em dias de chuva, solicitando o reparo e troca de canos das valas, onde foi aberto o processo que já está em andamento para reforma.
É de muita importância para os estabelecimentos de ensino a participação ativa desses órgãos compostos por segmentos da comunidade escolar, assim estão caminhando, mesmo que lentamente, para uma gestão democrática de fato, onde existe uma parceria entre escola e comunidade.

domingo, 2 de julho de 2017

Educação e qualidade

Falar em qualidade na educação de fato não é um assunto simples, pois o mesmo se torna bastante amplo, levando em consideração todos os aspectos que o mesmo abrange, então é importante deter ou focar de início nos profissionais atuantes nessa área, pois primeiramente para se obter qualidade na educação é preciso ter educadores qualificados, e isso acontece se aos mesmos forem oferecidos formações continuadas para que através delas eles possam aperfeiçoar seus conhecimentos, inovando, criando novas possibilidades para que o aluno resgate o interesse pelas aprendizagens e pelo meio escolar, mas para que o educador tenha estimulo para tais inovações é preciso também ter reconhecimento salarial, tornando  essa carreira atrativa e não desmotivadora. O educador auxilia na formação do sujeito, tarefa de grande responsabilidade e nenhum reconhecimento dos órgãos superiores.
Como manter uma qualidade na educação sem termos alunos motivados a dar continuidade aos estudos, muitos frequentam a escola até o momento em que seus pais os guiam, e isso no período da educação infantil ao fundamental, após isso muitos nem ingressam no ensino médio e assim consecutivamente não chegam ao ensino superior como nos diz a Prof. Dalila Andrade , o Prof. Luiz Fernandes Dourado e o reitor Edivar Madureira no vídeo : Qualidade da Educação: Acesso e permanência.
 Para que a emenda constitucional 59 que trata da universalização na educação aconteça, é necessário ter estrutura para acolher a demanda de alunos na educação infantil.
Muitos alunos não chegam ao ensino superior, pois antes de concluírem o ensino médio já começam a se sentirem desmotivados pela falta de condição de ingressar em uma universidade, as privadas por não possuírem condições financeiras para frequentar, as públicas ou federais pela dificuldade que encontram em conseguir acesso, pois os planos como o ENEM se tornam difícil pelas notas de cortes exigidas para aprovação e outros obstáculos mais que levam o aluno a desistir de estudar.
Em relação as verbas municipais e federais em que as escolas fazem parte, a educação infantil está inserida no PDDE ( Programa dinheiro direto na escola), verba que vem do MEC, direto para conta do CPM da escola, as vezes esta verba vem em uma única parcela, outras vezes em duas parcelas, sendo uma no primeiro semestre e a outra no segundo, está verba é liberada para consumo e bens permanentes, sendo sempre necessária a aprovação do Conselho Escolar para a definição do seu destino.